Por Micael Machado
José Fernando Gomes dos Reis nasceu em São Paulo a 12 de janeiro de 1963. Depois de fazer parte do grupo Os Camarões, que participou de alguns festivais estudantis da capital paulista no começo dos anos 1980 (e até chegou a gravar uma música, chamada “O Cheiro de Beterraba”, em um disco com os vencedores do Festival da Feira da Vila Madalena), passou a fazer parte dos Titãs, onde permaneceu por vinte anos (de 1982 a 2002) exercendo as funções de baixista, cantor e compositor. Iniciou carreira solo ainda de forma paralela ao grupo, optando depois por deixar sua banda de origem e seguir uma trilha própria. Seu trabalho como compositor é reconhecido no Brasil inteiro, tendo suas canções gravadas por nomes como Marisa Monte, Cássia Eller, Skank, Cidade Negra e Jota Quest, além de ter trabalhado ao lado do falecido cantor Wando, do "Tremendão" Erasmo Carlos e da dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano (tendo interpretado a música "O Lavrador" na trilha sonora oficial do filme biográfico "Dois Filhos de Francisco", ao lado da filha de Zezé Di Camargo, Wanessa Camargo).
Com sete álbuns de estúdio e quatro ao vivo em carreira solo, Nando é considerado um dos 10 maiores arrecadadores de direitos autorais no Brasil, de acordo com o ECAD, emplacou diversas músicas em trilhas sonoras de novelas, e possui uma legião de fãs em todo o país, os quais sempre lotam suas constantes apresentações pelos quatro cantos da nação! Confira agora nossa análise de sua discografia como artista solo!
12 de janeiro [1995]
Registrado durante uma "pausa" dos Titãs em 1994, o primeiro disco solo de Nando Reis leva no título a data de seu aniversário, e é mais um álbum de "música brasileira" do que de rock and roll visceral (o qual, aliás, não dá as caras em nenhum momento), vide "A Urca" (que parece uma composição setentista de Jorge Ben) e a acústica "Para Querer". "Bom Dia" é uma boa composição de abertura, onde Nando cita na letra diversas pessoas de sua família, e que já mostrava que a ideia era se afastar da sonoridade de sua banda principal, vide o uso prioritário do violão (instrumento que ele assumiu nas gravações, em detrimento do baixo que empunhava em sua banda principal) ao invés da guitarra, e a presença de um quarteto de cordas, que também vai se destacar em "O Seu Lado De Cá", composição bela e calma que vai no caminho quase totalmente oposto ao que os Titãs vinham fazendo então. Um outro exemplo disso é a excelente "Meu Aniversário", aqui bem menos pesada e sombria do que a versão registrada em demo para o disco Titanomaquia (e que acabaria sendo lançada oficialmente na compilação e-collection, da então banda do cantor). A "grudenta" "Me Diga" foi o grande hit do disco (e é seu maior destaque, ganhando até vídeo clipe), e outras faixas que também tiveram uma boa repercussão foram a agitada "Fiz O Que Pude" e "A Fila" (outra que ganhou vídeo, premiado com o clipe de ouro da MTV na categoria MPB), que, por ser muito repetitiva, nunca me agradou muito (apesar do interessante refrão). Outro destaque é "E.C.T", que já havia sido registrada no terceiro disco de Cássia Eller, e é uma faixa agitada, com presença marcante da guitarra, apresentando ainda alguns toques de música regional do nordeste brasileiro e bastante percussão em seu arranjo. Estas características também surgem em "Foi Embora" e "Do Itaim Para O Candeal" (que possui um interessante solo de saxofone), e a faceta regional (desta vez do interior de São Paulo) também aparece na longa e trágica "A Menina E O Passarinho", que fica próxima do "sertanejo de raiz" (principalmente em sua primeira metade), mostrando que Nando não estava preocupado com rótulos para extravasar sua musicalidade. Não é seu melhor registro solo, mas caracterizou uma bela estreia.
Para Quando O Arco Íris Encontrar O Pote De Ouro [2000]
Ainda como integrante dos Titãs, Nando registrou seu segundo álbum solo nos Estados Unidos, tendo na produção o "famoso" Jack Endino, que já havia trabalhado com o cantor no disco Titanomaquia, de sua banda principal. É um álbum superior ao de estreia, ainda que bem mais pop que aquele, onde os destaques são mais fáceis de apontar, e em maior número, sendo eles a tocante "Quem Vai Dizer Tchau", "Relicário" (que iria reaparecer ainda melhor em um dueto com Cássia Eller no disco acústico da cantora no ano seguinte), "All Star" (uma das preferidas dos fãs do cantor) e as agitadas "No Recreio" (que também seria regravada por Eller, assim como a anterior) e "Dessa Vez", faixas que quase obrigatoriamente integram o repertório ao vivo de Nando até hoje. A faixa título tem presença marcante da guitara (a cargo de Walter Villaça) e do teclado (tocado pelo americano Alex Velley, ainda hoje na banda do cantor), sendo uma composição suingada e atraente, assim como "O Vento Noturno Do Verão", que tem como grande destaque o teclado, que dá um toque de soul music a uma faixa com características de música norte-americana. "Hey, Babe" é talvez a composição mais "roqueira" do álbum (contando com os backings de Cássia Eller e Rogério Flausino, do Jota Quest), em contraste com "Eles Sabem" (mais calma, com trechos conduzidos pela flauta do convidado Craig Flory) e "Nosso Amor", a que mais lembra o disco anterior, com toques de MPB em seu arranjo. A agitada e pop "Frases Mais Azuis" e a já citada "Dessa Vez" possuem a participação especial do guitarrista Peter Buck, do R.E.M., que toca bandolim na segunda e guitarra de doze cordas na primeira, e foi trazido pelo baterista Barrett Martin, responsável pelas baquetas neste registro (e creditado como Martin Barrett, não sei por quê), e que na época tocava com o grupo da cidade de Athens. Para Quando O Arco Íris Encontrar O Pote De Ouro é um disco que apontaria um caminho a ser seguido pelo cantor no futuro, e mostrava que sua carreira solo não seria apenas um passatempo.
Infernal... but there is still a full moon shining over Jalalabad [2001]
Após a gravação do disco A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, dos Titãs, Nando anunciou sua saída do grupo, dizendo-se abalado com as mortes dos amigos Marcelo Fromer (guitarrista da banda) e Cássia Eller. Mas, antes de oficializar a partida, registrou seu terceiro álbum solo, onde fez (ao vivo no estúdio, em apenas quatro dias de gravação) versões para músicas de sua autoria, mas que haviam ficado conhecidas por terem sido gravadas por outros artistas. Assim, do repertório de Cássia Eller vieram as regravações para "E.C.T." (com um arranjo mais roqueiro aqui do que a versão gravada no disco de estreia), a suingada faixa título e "O Segundo Sol"; do Skank, Reis resgatou "Resposta" (tão bonita quanto a de Samuel Rosa e companhia, e com um interessante arranjo de slide guitar); do Cidade Negra, veio "Onde Você Mora?" (quase tão insuportável quanto a versão dos cariocas); e do Jota Quest, "A Minha Gratidão é Uma Pessoa" (que ficou menos "sacolejante" e "eletrônica" que a versão dos mineiros). Dos tempos ao lado dos Titãs, Nando trouxe "Eu E Ela" (que ganhou clipe, e ficou ainda mais melancólica aqui), "Sua Impossível Chance" (uma das poucas que não superou a original), "Cegos do Castelo" (sem muitas alterações em relação à versão presente no Acústico MTV dos paulistas) e "Marvin" (que recebeu uma guitarra cheia de efeitos de pedal wah-wah e um excelente arranjo de teclados). E ainda regravou três faixas de seu álbum de estreia, "Me Diga" (que ficou mais calma e ganhou muito com a presença do teclado), "A Fila" (com um arranjo bastante melhorado) e "Fiz O Que Pude" (bem mais pesada que a original), além de achar tempo para registrar uma interessante cover para "My Pledge of Love", de Joe Jeffrey. Este é meu álbum preferido em sua discografia, e, por reunir diversas músicas já conhecidas anteriormente, acaba soando como uma coletânea de seu trabalho como compositor, e não como um "disco de carreira" comum. Uma nota interessante é que este álbum reúne pela primeira vez os músicos que depois farão parte da primeira formação d'Os Infernais, a banda de apoio do cantor, com Alex Velley nos teclados e Barrett Martin na bateria (na maioria das faixas, sendo ambos remanescentes do disco anterior), Carlos Pontual na guitarra e Felipe Cambraia no baixo, além de outros músicos convidados.
A Letra A [2003]
O primeiro disco de Nando Reis após sua partida dos Titãs traz o cantor acompanhado pelos Infernais pela primeira vez (estando na formação os quatro músicos citados acima), em um registro mais pop e calmo que o anterior. Algumas canções entraram para as preferidas dos fãs do músico, como a semi-balada "E Tudo Mais", a "bonitinha" "Dentro Do Mesmo Time" (primeiro single e clipe) e a maravilhosa "Luz Dos Olhos" (uma de minhas favoritas em sua carreira, e que também ganhou clipe), mas é difícil não citar dentre os destaques a bela "Mesmo Sozinho" (que havia sido registrada pelos Titãs no álbum A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, mas que aqui aparece ainda mais melancólica que a versão original), a "romântica" "De Mãos Dadas" e a faixa título. Estas duas contam novamente com a participação especial de Peter Buck na guitarra de doze cordas, sendo que na segunda ele é acompanhado por outro músico de apoio do R.E.M., o guitarrista Scott McCaughey, que ainda acrescenta trechos de guitarra na citada "Luz Dos Olhos", e de mandolim na interessante e agradável "Um Simples Abraço". "De Lhe Pra Te" tem um ritmo quebrado que soa estranho nas primeiras audições, mas depois se torna cativante, enquanto "Púrpura" parece uma sobra do primeiro disco. As baladas "Hoje Mesmo", "Tão Diferente" e "O Meu Posto" completam o track list sem lhe acrescentar maiores destaques, formando um registro de nuances mais melancólicas que o anterior, com um elevado número de faixas de teor "romântico", mas que nem por isso o torna menos recomendável que aquele. Durante a turnê de divulgação, mais precisamente nos dias 19, 20, e 21 de junho de 2004, foi gravado no Bar Opinião, em Porto Alegre (RS), o disco MTV ao Vivo, que trazia pela primeira vez Os Infernais creditados na capa (desta vez com João Viana na bateria), e seria lançado ainda naquele ano em CD e DVD. Ambos trazem as inéditas "Mantra", "Por Onde Andei" e "Quase Que Dezoito", além da participação da banda Ultramen na faixa "Pomar" (composta por Reis ainda nos tempos d'Os Camarões, em 1979), e o DVD ainda tem covers para "Sangue Latino", dos Secos & Molhados, e "Fogo e Paixão", de Wando. Este registro ainda marca a estreia do baterista Diogo Gameiro na citada "Quase Que Dezoito", ele que permanece no grupo desde então.
Sim e Não [2006]
O primeiro disco completo com o baterista Diogo Gameiro marcou mais dois hits na carreira de Nando Reis, os quais viraram obrigação em seus repertórios ao vivo: a agitada e pop "Sou Dela" (primeiro single e clipe) e a balada "N" (que sempre me lembrou as músicas do estilo gravadas por Skank ou Jota Quest - muitas delas compostas por Nando, diga-se de passagem). Aliás, as baladas são maioria neste registro, sendo a melhor delas aquela que o cantor dedicou a sua filha Zoé, e que se chama "Espatódea", nome de uma árvore cuja flor (vermelho-alaranjada) tem a mesma cor dos cabelos da homenageada, segundo declarações de Nando. Outras músicas que se encaixam na definição de "balada romântica" são "Pra Ela Voltar", "Como Se O Mar" e "Sim", mas, felizmente, o rock não ficou totalmente ausente, representado pela agitada "Monóico" (com letra que causou certa polêmica, tratando de sexo e do relacionamento de um casal, inclusive com algumas conotações homossexuais), os quase sete minutos da setentista "Caneco 70" (com destaque para o piano de Alex, e letra bastante pessoal, tratando de um relacionamento amoroso do músico), pela cadenciada "Santa Maria" (outra onde os teclados sobressaem, e que tem o solo de guitarra mais "feroz" do play) e por "Para Luzir O Dia", que tem um "quê" de "rock rural" dos anos 70, além de um belo arranjo de cordas, que também abrilhanta a balada (mais uma!) "Nos Seus Olhos", tornando estas duas canções destaques no track list. A faixa de encerramento, "Ti Amo", consiste de Nando repetindo o nome da música sobre uma base repetitiva criada pelos violões e o teclado (a não ser por um breve trecho ao xilofone), e, bem ao final, há uma curta faixa escondida com clima de jam session, e que é melhor do que muitas das canções do repertório oficial do registro. Em 2007, foi lançado em CD e DVD Luau MTV, com o registro da apresentação de Nando no programa que lhe dá nome, gravada ao vivo na Praia Vermelha, em Ubatuba (São Paulo), o qual conta com Os Infernais (na mesma formação de Sim e Não) e diversos convidados especiais, como Andréa Martins (vocalista da banda Canto Dos Malditos Na Terra Do Nunca), Negra Li (na faixa "Negra Livre", composta por Nando para ela), Andreas Kisser (guitarrista do Sepultura) e Samuel Rosa (vocalista do Skank), além da percussionista Lan Lan, que tocava com Cássia Eller, e as vocalistas Micheline Cardoso e Juju Gomes. Este disco contém apenas uma faixa inédita, chamada “Tentei Fugir”.
Drês [2009]
Neste disco Nando Reis e os Infernais deixaram as baladas um pouco de lado, e a maioria das canções dá destaque às guitarras de Carlos Pontual, em faixas que chegam a soar até "pesadas" se comparadas com outras de registros anteriores, como a faixa título e "Mosaico Abstrato", dois "rockões" para ninguém botar defeito. "Hi, Dri" (que ganhou um clipe) mistura partes rápidas e outras com um ritmo quebrado, além de também ter um pouco de peso nas seis cordas, e "Driamante", apesar de mais pop, apresenta um belo solo de Pontual. "Livre Como Um Deus", mesmo sendo mais calma, tem um toque psicodélico trazido pela guitarra e os teclados, e um trecho mais pesado ao final ("pesado " em se tratando de Nando Reis, que fique bem claro), e a animada "Só Pra So", dedicada à Sophia Reis, filha do cantor, tem um pezinho nos anos 1970 por causa do timbre de órgão usado por Alex. "Mil Galáxias" e "Hoje Eu Te Pedi Em Casamento" são escancaradamente pops, alegres e ensolaradas, assim como também é pop "Pra Você Guardei O Amor", talvez o grande destaque do álbum (sendo outra faixa que mereceu clipe), e que conta apenas com o violão e a voz de Nando Reis, em dueto com a cantora Ana Cañas. Como parece que é obrigatório termos baldas românticas em discos do músico, elas aparecem na forma de "Baby, Eu Queria", "Ainda Não Passou" (escolhida como primeiro single e clipe, e que possui um belo arranjo de cordas, ganhando no final ares de soul music graças à presença de metais), e "Conta", que possui uma letra tocante dedicada à mãe do cantor (já falecida). Drês é um dos melhores discos da carreira solo de Nando Reis, mas, talvez devido a este teor mais "roqueiro", acabou não emplacando muitas canções nem junto aos seus fãs, nem no repertório das apresentações ao vivo, o que é uma pena! Durante os encores de suas apresentações à época, Nando apresentava o que chamava de "Bailão do Ruivão", onde interpretava covers para artistas de gêneros diversos, preferencialmente fugindo do "gênero" rock and roll. A convite da MTV, esta "brincadeira" acabou virando um CD e DVD ao vivo também chamado Bailão do Ruivão, gravado no Carioca Club, em São Paulo, e lançado em 2010, e que conta com a participação da dupla Zezé di Camargo e Luciano e da Banda Calypso, em um registro "estranho" na carreira do cantor, visto não contar com composições suas e fugir muito do estilo de seus álbuns anteriores.
Sei [2012]
Após a gravadora Universal decidir não renovar o contrato do cantor, Nando decidiu seguir carreira como músico independente, juntou os Infernais (agora com Walter Villaça, que participou do segundo disco solo do músico, novamente nas guitarras no lugar de Carlos Pontual) e se mandou para Seattle para registrar seu novo álbum, tendo outra vez Jack Endino na produção. Apesar da pegada roqueira de faixas como "Ternura & Afeto", "Praça da Árvore" (esta com um pé e meio no pop) e as curtas "Sem Arrefecer (com destaque para os teclados "psicodélicos") e "Eu & A Bispa" (cuja letra tanto pode ser uma indireta à Igreja Universal quanto à sua antiga gravadora), Sei é mais um disco dominado por baladas, sendo as melhores a faixa título (levada ao violão, com um belo arranjo de teclados), a mais melancólica "Pra Quem Não Vem" (com participação da cantora Marisa Monte, ex-namorada de Nando) e "Persxpectativa". Não tenho nada contra arranjos de metais (bem ao contrário), mas os presentes nas baladas "Coração Vago" e "Luz Antiga" (que já havia sido gravada por Ana Cañas no disco Hein?) não ajudaram as composições, levando-as a soar como algo de Wando ou outro cantor do estilo, efeito que também ocorre em "Declaração De Amor" (nesta mais por causa dos teclados), o que não agrada muito a meus ouvidos. "Pré - Sal" (apesar dos mais de sete minutos e da letra quilométrica), "O Que Eu Só Vejo Em Você" (com citação na letra à canção "Tempos Modernos", de Lulu Santos) e "Zerø Muitø" são aquele tipo de pop direcionado para as rádios que Nando Reis é especialista em compor. "Back in Vânia" lembra Novos Baianos (apesar de confessamente ser "inspirada" por "Back In Bahia", de Gilberto Gil), e é mais uma faixa de letra bastante pessoal, ficando mais "roqueira" perto do final, e a faixa de encerramento, "Lamento Realengo", possui uma pegada reggae (misturada a uma sonoridade africana graças à percussão) bastante rara na carreira solo do cantor.
Em setembro de 2013, Nando e a banda (acrescidos do trio de metais norte-americano "The Freakboy Horns", que já havia participado do CD Sei) registraram o disco Sei Como Foi em BH, o qual foi lançado em DVD (e que traz como bônus um CD gravado em estúdio, com repertório diferente do vídeo). Este, assim como Sei, é vendido por Nando Reis no próprio site do cantor (onde quem define o preço do mais recente disco de inéditas é o próprio visitante do site, que pode ouvir o álbum na íntegra, de graça, através dele, sendo que o valor a ser pago é atualizado toda semana com média nos valores sugeridos por quem acessou o site) ou nas "lojinhas" itinerantes montadas nas apresentações de Nando Reis e os Infernais, as quais continuam ocorrendo frequentemente pelos quatro cantos do país, sem previsão de parar tão cedo! Você pode torcer o nariz para o lado mais "popular" das canções deste compositor, mas é inegável o seu talento e sua capacidade de cativar um público que gosta de diversos estilos musicais, e atrair muitas pessoas a assistir seus shows e ouvir seus registros! Que mais deles venham por aí, mantendo sempre a qualidade do que Nando Reis já fez em sua carreira, seja ao lado dos Titãs, seja com os Infernais!
Com sete álbuns de estúdio e quatro ao vivo em carreira solo, Nando é considerado um dos 10 maiores arrecadadores de direitos autorais no Brasil, de acordo com o ECAD, emplacou diversas músicas em trilhas sonoras de novelas, e possui uma legião de fãs em todo o país, os quais sempre lotam suas constantes apresentações pelos quatro cantos da nação! Confira agora nossa análise de sua discografia como artista solo!
12 de janeiro [1995]
Registrado durante uma "pausa" dos Titãs em 1994, o primeiro disco solo de Nando Reis leva no título a data de seu aniversário, e é mais um álbum de "música brasileira" do que de rock and roll visceral (o qual, aliás, não dá as caras em nenhum momento), vide "A Urca" (que parece uma composição setentista de Jorge Ben) e a acústica "Para Querer". "Bom Dia" é uma boa composição de abertura, onde Nando cita na letra diversas pessoas de sua família, e que já mostrava que a ideia era se afastar da sonoridade de sua banda principal, vide o uso prioritário do violão (instrumento que ele assumiu nas gravações, em detrimento do baixo que empunhava em sua banda principal) ao invés da guitarra, e a presença de um quarteto de cordas, que também vai se destacar em "O Seu Lado De Cá", composição bela e calma que vai no caminho quase totalmente oposto ao que os Titãs vinham fazendo então. Um outro exemplo disso é a excelente "Meu Aniversário", aqui bem menos pesada e sombria do que a versão registrada em demo para o disco Titanomaquia (e que acabaria sendo lançada oficialmente na compilação e-collection, da então banda do cantor). A "grudenta" "Me Diga" foi o grande hit do disco (e é seu maior destaque, ganhando até vídeo clipe), e outras faixas que também tiveram uma boa repercussão foram a agitada "Fiz O Que Pude" e "A Fila" (outra que ganhou vídeo, premiado com o clipe de ouro da MTV na categoria MPB), que, por ser muito repetitiva, nunca me agradou muito (apesar do interessante refrão). Outro destaque é "E.C.T", que já havia sido registrada no terceiro disco de Cássia Eller, e é uma faixa agitada, com presença marcante da guitarra, apresentando ainda alguns toques de música regional do nordeste brasileiro e bastante percussão em seu arranjo. Estas características também surgem em "Foi Embora" e "Do Itaim Para O Candeal" (que possui um interessante solo de saxofone), e a faceta regional (desta vez do interior de São Paulo) também aparece na longa e trágica "A Menina E O Passarinho", que fica próxima do "sertanejo de raiz" (principalmente em sua primeira metade), mostrando que Nando não estava preocupado com rótulos para extravasar sua musicalidade. Não é seu melhor registro solo, mas caracterizou uma bela estreia.
Para Quando O Arco Íris Encontrar O Pote De Ouro [2000]
Ainda como integrante dos Titãs, Nando registrou seu segundo álbum solo nos Estados Unidos, tendo na produção o "famoso" Jack Endino, que já havia trabalhado com o cantor no disco Titanomaquia, de sua banda principal. É um álbum superior ao de estreia, ainda que bem mais pop que aquele, onde os destaques são mais fáceis de apontar, e em maior número, sendo eles a tocante "Quem Vai Dizer Tchau", "Relicário" (que iria reaparecer ainda melhor em um dueto com Cássia Eller no disco acústico da cantora no ano seguinte), "All Star" (uma das preferidas dos fãs do cantor) e as agitadas "No Recreio" (que também seria regravada por Eller, assim como a anterior) e "Dessa Vez", faixas que quase obrigatoriamente integram o repertório ao vivo de Nando até hoje. A faixa título tem presença marcante da guitara (a cargo de Walter Villaça) e do teclado (tocado pelo americano Alex Velley, ainda hoje na banda do cantor), sendo uma composição suingada e atraente, assim como "O Vento Noturno Do Verão", que tem como grande destaque o teclado, que dá um toque de soul music a uma faixa com características de música norte-americana. "Hey, Babe" é talvez a composição mais "roqueira" do álbum (contando com os backings de Cássia Eller e Rogério Flausino, do Jota Quest), em contraste com "Eles Sabem" (mais calma, com trechos conduzidos pela flauta do convidado Craig Flory) e "Nosso Amor", a que mais lembra o disco anterior, com toques de MPB em seu arranjo. A agitada e pop "Frases Mais Azuis" e a já citada "Dessa Vez" possuem a participação especial do guitarrista Peter Buck, do R.E.M., que toca bandolim na segunda e guitarra de doze cordas na primeira, e foi trazido pelo baterista Barrett Martin, responsável pelas baquetas neste registro (e creditado como Martin Barrett, não sei por quê), e que na época tocava com o grupo da cidade de Athens. Para Quando O Arco Íris Encontrar O Pote De Ouro é um disco que apontaria um caminho a ser seguido pelo cantor no futuro, e mostrava que sua carreira solo não seria apenas um passatempo.
Infernal... but there is still a full moon shining over Jalalabad [2001]
Após a gravação do disco A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, dos Titãs, Nando anunciou sua saída do grupo, dizendo-se abalado com as mortes dos amigos Marcelo Fromer (guitarrista da banda) e Cássia Eller. Mas, antes de oficializar a partida, registrou seu terceiro álbum solo, onde fez (ao vivo no estúdio, em apenas quatro dias de gravação) versões para músicas de sua autoria, mas que haviam ficado conhecidas por terem sido gravadas por outros artistas. Assim, do repertório de Cássia Eller vieram as regravações para "E.C.T." (com um arranjo mais roqueiro aqui do que a versão gravada no disco de estreia), a suingada faixa título e "O Segundo Sol"; do Skank, Reis resgatou "Resposta" (tão bonita quanto a de Samuel Rosa e companhia, e com um interessante arranjo de slide guitar); do Cidade Negra, veio "Onde Você Mora?" (quase tão insuportável quanto a versão dos cariocas); e do Jota Quest, "A Minha Gratidão é Uma Pessoa" (que ficou menos "sacolejante" e "eletrônica" que a versão dos mineiros). Dos tempos ao lado dos Titãs, Nando trouxe "Eu E Ela" (que ganhou clipe, e ficou ainda mais melancólica aqui), "Sua Impossível Chance" (uma das poucas que não superou a original), "Cegos do Castelo" (sem muitas alterações em relação à versão presente no Acústico MTV dos paulistas) e "Marvin" (que recebeu uma guitarra cheia de efeitos de pedal wah-wah e um excelente arranjo de teclados). E ainda regravou três faixas de seu álbum de estreia, "Me Diga" (que ficou mais calma e ganhou muito com a presença do teclado), "A Fila" (com um arranjo bastante melhorado) e "Fiz O Que Pude" (bem mais pesada que a original), além de achar tempo para registrar uma interessante cover para "My Pledge of Love", de Joe Jeffrey. Este é meu álbum preferido em sua discografia, e, por reunir diversas músicas já conhecidas anteriormente, acaba soando como uma coletânea de seu trabalho como compositor, e não como um "disco de carreira" comum. Uma nota interessante é que este álbum reúne pela primeira vez os músicos que depois farão parte da primeira formação d'Os Infernais, a banda de apoio do cantor, com Alex Velley nos teclados e Barrett Martin na bateria (na maioria das faixas, sendo ambos remanescentes do disco anterior), Carlos Pontual na guitarra e Felipe Cambraia no baixo, além de outros músicos convidados.
A Letra A [2003]
O primeiro disco de Nando Reis após sua partida dos Titãs traz o cantor acompanhado pelos Infernais pela primeira vez (estando na formação os quatro músicos citados acima), em um registro mais pop e calmo que o anterior. Algumas canções entraram para as preferidas dos fãs do músico, como a semi-balada "E Tudo Mais", a "bonitinha" "Dentro Do Mesmo Time" (primeiro single e clipe) e a maravilhosa "Luz Dos Olhos" (uma de minhas favoritas em sua carreira, e que também ganhou clipe), mas é difícil não citar dentre os destaques a bela "Mesmo Sozinho" (que havia sido registrada pelos Titãs no álbum A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, mas que aqui aparece ainda mais melancólica que a versão original), a "romântica" "De Mãos Dadas" e a faixa título. Estas duas contam novamente com a participação especial de Peter Buck na guitarra de doze cordas, sendo que na segunda ele é acompanhado por outro músico de apoio do R.E.M., o guitarrista Scott McCaughey, que ainda acrescenta trechos de guitarra na citada "Luz Dos Olhos", e de mandolim na interessante e agradável "Um Simples Abraço". "De Lhe Pra Te" tem um ritmo quebrado que soa estranho nas primeiras audições, mas depois se torna cativante, enquanto "Púrpura" parece uma sobra do primeiro disco. As baladas "Hoje Mesmo", "Tão Diferente" e "O Meu Posto" completam o track list sem lhe acrescentar maiores destaques, formando um registro de nuances mais melancólicas que o anterior, com um elevado número de faixas de teor "romântico", mas que nem por isso o torna menos recomendável que aquele. Durante a turnê de divulgação, mais precisamente nos dias 19, 20, e 21 de junho de 2004, foi gravado no Bar Opinião, em Porto Alegre (RS), o disco MTV ao Vivo, que trazia pela primeira vez Os Infernais creditados na capa (desta vez com João Viana na bateria), e seria lançado ainda naquele ano em CD e DVD. Ambos trazem as inéditas "Mantra", "Por Onde Andei" e "Quase Que Dezoito", além da participação da banda Ultramen na faixa "Pomar" (composta por Reis ainda nos tempos d'Os Camarões, em 1979), e o DVD ainda tem covers para "Sangue Latino", dos Secos & Molhados, e "Fogo e Paixão", de Wando. Este registro ainda marca a estreia do baterista Diogo Gameiro na citada "Quase Que Dezoito", ele que permanece no grupo desde então.
Nando Reis e os Infernais: Felipe Cambraia, Diogo Gameiro, Nando Reis, Carlos Pontual e Alex Velley
Sim e Não [2006]
O primeiro disco completo com o baterista Diogo Gameiro marcou mais dois hits na carreira de Nando Reis, os quais viraram obrigação em seus repertórios ao vivo: a agitada e pop "Sou Dela" (primeiro single e clipe) e a balada "N" (que sempre me lembrou as músicas do estilo gravadas por Skank ou Jota Quest - muitas delas compostas por Nando, diga-se de passagem). Aliás, as baladas são maioria neste registro, sendo a melhor delas aquela que o cantor dedicou a sua filha Zoé, e que se chama "Espatódea", nome de uma árvore cuja flor (vermelho-alaranjada) tem a mesma cor dos cabelos da homenageada, segundo declarações de Nando. Outras músicas que se encaixam na definição de "balada romântica" são "Pra Ela Voltar", "Como Se O Mar" e "Sim", mas, felizmente, o rock não ficou totalmente ausente, representado pela agitada "Monóico" (com letra que causou certa polêmica, tratando de sexo e do relacionamento de um casal, inclusive com algumas conotações homossexuais), os quase sete minutos da setentista "Caneco 70" (com destaque para o piano de Alex, e letra bastante pessoal, tratando de um relacionamento amoroso do músico), pela cadenciada "Santa Maria" (outra onde os teclados sobressaem, e que tem o solo de guitarra mais "feroz" do play) e por "Para Luzir O Dia", que tem um "quê" de "rock rural" dos anos 70, além de um belo arranjo de cordas, que também abrilhanta a balada (mais uma!) "Nos Seus Olhos", tornando estas duas canções destaques no track list. A faixa de encerramento, "Ti Amo", consiste de Nando repetindo o nome da música sobre uma base repetitiva criada pelos violões e o teclado (a não ser por um breve trecho ao xilofone), e, bem ao final, há uma curta faixa escondida com clima de jam session, e que é melhor do que muitas das canções do repertório oficial do registro. Em 2007, foi lançado em CD e DVD Luau MTV, com o registro da apresentação de Nando no programa que lhe dá nome, gravada ao vivo na Praia Vermelha, em Ubatuba (São Paulo), o qual conta com Os Infernais (na mesma formação de Sim e Não) e diversos convidados especiais, como Andréa Martins (vocalista da banda Canto Dos Malditos Na Terra Do Nunca), Negra Li (na faixa "Negra Livre", composta por Nando para ela), Andreas Kisser (guitarrista do Sepultura) e Samuel Rosa (vocalista do Skank), além da percussionista Lan Lan, que tocava com Cássia Eller, e as vocalistas Micheline Cardoso e Juju Gomes. Este disco contém apenas uma faixa inédita, chamada “Tentei Fugir”.
Drês [2009]
Neste disco Nando Reis e os Infernais deixaram as baladas um pouco de lado, e a maioria das canções dá destaque às guitarras de Carlos Pontual, em faixas que chegam a soar até "pesadas" se comparadas com outras de registros anteriores, como a faixa título e "Mosaico Abstrato", dois "rockões" para ninguém botar defeito. "Hi, Dri" (que ganhou um clipe) mistura partes rápidas e outras com um ritmo quebrado, além de também ter um pouco de peso nas seis cordas, e "Driamante", apesar de mais pop, apresenta um belo solo de Pontual. "Livre Como Um Deus", mesmo sendo mais calma, tem um toque psicodélico trazido pela guitarra e os teclados, e um trecho mais pesado ao final ("pesado " em se tratando de Nando Reis, que fique bem claro), e a animada "Só Pra So", dedicada à Sophia Reis, filha do cantor, tem um pezinho nos anos 1970 por causa do timbre de órgão usado por Alex. "Mil Galáxias" e "Hoje Eu Te Pedi Em Casamento" são escancaradamente pops, alegres e ensolaradas, assim como também é pop "Pra Você Guardei O Amor", talvez o grande destaque do álbum (sendo outra faixa que mereceu clipe), e que conta apenas com o violão e a voz de Nando Reis, em dueto com a cantora Ana Cañas. Como parece que é obrigatório termos baldas românticas em discos do músico, elas aparecem na forma de "Baby, Eu Queria", "Ainda Não Passou" (escolhida como primeiro single e clipe, e que possui um belo arranjo de cordas, ganhando no final ares de soul music graças à presença de metais), e "Conta", que possui uma letra tocante dedicada à mãe do cantor (já falecida). Drês é um dos melhores discos da carreira solo de Nando Reis, mas, talvez devido a este teor mais "roqueiro", acabou não emplacando muitas canções nem junto aos seus fãs, nem no repertório das apresentações ao vivo, o que é uma pena! Durante os encores de suas apresentações à época, Nando apresentava o que chamava de "Bailão do Ruivão", onde interpretava covers para artistas de gêneros diversos, preferencialmente fugindo do "gênero" rock and roll. A convite da MTV, esta "brincadeira" acabou virando um CD e DVD ao vivo também chamado Bailão do Ruivão, gravado no Carioca Club, em São Paulo, e lançado em 2010, e que conta com a participação da dupla Zezé di Camargo e Luciano e da Banda Calypso, em um registro "estranho" na carreira do cantor, visto não contar com composições suas e fugir muito do estilo de seus álbuns anteriores.
Sei [2012]
Após a gravadora Universal decidir não renovar o contrato do cantor, Nando decidiu seguir carreira como músico independente, juntou os Infernais (agora com Walter Villaça, que participou do segundo disco solo do músico, novamente nas guitarras no lugar de Carlos Pontual) e se mandou para Seattle para registrar seu novo álbum, tendo outra vez Jack Endino na produção. Apesar da pegada roqueira de faixas como "Ternura & Afeto", "Praça da Árvore" (esta com um pé e meio no pop) e as curtas "Sem Arrefecer (com destaque para os teclados "psicodélicos") e "Eu & A Bispa" (cuja letra tanto pode ser uma indireta à Igreja Universal quanto à sua antiga gravadora), Sei é mais um disco dominado por baladas, sendo as melhores a faixa título (levada ao violão, com um belo arranjo de teclados), a mais melancólica "Pra Quem Não Vem" (com participação da cantora Marisa Monte, ex-namorada de Nando) e "Persxpectativa". Não tenho nada contra arranjos de metais (bem ao contrário), mas os presentes nas baladas "Coração Vago" e "Luz Antiga" (que já havia sido gravada por Ana Cañas no disco Hein?) não ajudaram as composições, levando-as a soar como algo de Wando ou outro cantor do estilo, efeito que também ocorre em "Declaração De Amor" (nesta mais por causa dos teclados), o que não agrada muito a meus ouvidos. "Pré - Sal" (apesar dos mais de sete minutos e da letra quilométrica), "O Que Eu Só Vejo Em Você" (com citação na letra à canção "Tempos Modernos", de Lulu Santos) e "Zerø Muitø" são aquele tipo de pop direcionado para as rádios que Nando Reis é especialista em compor. "Back in Vânia" lembra Novos Baianos (apesar de confessamente ser "inspirada" por "Back In Bahia", de Gilberto Gil), e é mais uma faixa de letra bastante pessoal, ficando mais "roqueira" perto do final, e a faixa de encerramento, "Lamento Realengo", possui uma pegada reggae (misturada a uma sonoridade africana graças à percussão) bastante rara na carreira solo do cantor.
Nando Reis e os Infernais na gravação de Sei Como Foi em BH
Em setembro de 2013, Nando e a banda (acrescidos do trio de metais norte-americano "The Freakboy Horns", que já havia participado do CD Sei) registraram o disco Sei Como Foi em BH, o qual foi lançado em DVD (e que traz como bônus um CD gravado em estúdio, com repertório diferente do vídeo). Este, assim como Sei, é vendido por Nando Reis no próprio site do cantor (onde quem define o preço do mais recente disco de inéditas é o próprio visitante do site, que pode ouvir o álbum na íntegra, de graça, através dele, sendo que o valor a ser pago é atualizado toda semana com média nos valores sugeridos por quem acessou o site) ou nas "lojinhas" itinerantes montadas nas apresentações de Nando Reis e os Infernais, as quais continuam ocorrendo frequentemente pelos quatro cantos do país, sem previsão de parar tão cedo! Você pode torcer o nariz para o lado mais "popular" das canções deste compositor, mas é inegável o seu talento e sua capacidade de cativar um público que gosta de diversos estilos musicais, e atrair muitas pessoas a assistir seus shows e ouvir seus registros! Que mais deles venham por aí, mantendo sempre a qualidade do que Nando Reis já fez em sua carreira, seja ao lado dos Titãs, seja com os Infernais!
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